A Segunda Guerra Mundial foi decorrente de um conjunto de factores de uma profunda crise económica e grandes tensões políticas e sociais em várias partes da terra. Nesta conjuntura despontaram regimes autoritários, sobretudo na Alemanha, na Itália e no Japão. A ideologia expansionista principalmente destas potências levou-as a se apetrecharem militarmente. Nasceu, assim, um clima de tensão internacional que ficou marcado por várias acções belicistas.Causas subjacentes
Nacionalismo: Uma das causas mais fortes teria sido o nacionalismo, fonte das agressões da Alemanha, Itália e Japão. Os regimes fascistas existentes à época, nestes países, foram sendo construídos com base num sentimento nacionalista. Adolf Hitler e o Partido Nazista usaram o sentimento nacionalista, na altura bastante explícito na sociedade alemã, de maneira eficaz. Na Itália, a ideia da restauração de um Império Romano era atractivo para muitos habitantes deste país. No Japão, o nacionalismo, no sentido de dever e honra dedicados especialmente ao imperador, tinha já séculos de prevalência.
A crise político-econômica mundial do período entre-guerras.
Militarismo.
Disputas territoriais.
Imperialismo; Disputas prévias não resolvidas; Um complexo sistema de alianças; Governos não-unificados; Atrasos e discrepâncias nas comunicações diplomáticas; Corrida armamentista; Planejamento militar rígido; Movimentos Ultra-nacionalistas, como o Irredentismo.
[editar]Causas na Europa
Tratado de Versalhes: O tratado pode ser visto como a causa indireta mais importante para o início da guerra. Culpando apenas a Alemanha e os seus Aliados pela Primeira Guerra Mundial, o tratado impôs, além de intensos pagamentos por parte da Alemanha aos Aliados, aplicando um forte golpe na economia do país e elevando a inflação a índices astronômicos, um irrecuperável sentimento de humilhação para os cidadãos alemães.
Primeira Guerra Mundial: Tida pelo então presidente Norte-Americano Woodrow Wilson como a guerra para acabar com todas as guerras, acabou não sendo bem assim principalmente para a Alemanha, que buscava meios de se vingar das humilhações sofridas pela derrota. Como disse Winston Churchill, Essa guerra é, de fato, uma continuação da anterior.
Lebensraum: A preocupação primária de Hitler durante esse período foi com a necessidade alemã de Lebensraum, ou seja, de espaço vital. Se o país devia passar de nação de segunda categoria para grande potência mundial, necessitava de espaço para se expandir. Se precisava comportar uma população em rápido crescimento e exigindo prosperidade, necessitava de terras para cultivo e matérias-primas para energia e indústria.
Grande Depressão.
Política de apaziguamento.
Anti-semitismo.
Polônia: Principalmente, com relação ao corredor polonês.
Revolução Russa e o Anti-comunismo.
Itália: Uma aliança entre a Alemanha e a Itália é um dos objetivos essenciais contidos no Mein Kampf. Os acontecimentos haviam mostrado quão úteis essas duas potências podiam ser uma à outra. A recusa alemã de participar das sanções contra a Itália diminuiu grandemente a eficiência dessas sanções. E agora os dois Estados estavam lutando lado a lado para esmagar o governo republicano da Espanha. E entre o entendimento a respeito da Espanha e a colaboração num âmbito europeu, ia apenas um passo.
[editar]Causas na Ásia
As relações entre os Estados Unidos e o Japão andavam tensas há algum tempo, e o principal ponto de discórdia eram as tentativas japonesas de colocar a China sob o controle do império do sol nascente, por meios bélicos. A Segunda Guerra Sino-Japonesa começara em 1937, provocando protestos americanos, visto que os Estados Unidos tinham fortes interesses na China. A recusa do Japão em dar ouvidos a esses protestos moveu o governo americano a declarar um embargo na exportação de certos produtos para o Japão, inclusive petróleo, o que gradualmente reforçou a disputa. Privados de uma importante fonte de combustível, os japoneses tinham duas alternativas: aceitar um acordo humilhante com uma América pretendendo a inviolabilidade da China; ou procurar petróleo em outro lugar, se necessário pela força.
[editar]Em busca do domínio mundial
Afirma-se, não sem alguma razão, que a Segunda Guerra Mundial foi uma conseqüência lógica da Primeira, por conta do tratamento draconiano que os aliados, sobretudo a França, impuseram à Alemanha. Certamente, as condições do Tratado de Versalhes ajudaram a exacerbar os conflitos políticos, mas não os criaram. Na verdade, o que as potências imperialistas - particularmente a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos - buscavam conquistar, com a guerra, era dominar, política e economicamente, continentes inteiros, como etapa preliminar à conquista da hegemonia mundial, mediante a combinação de força militar e superioridade econômica.[1]
O Memorando Tanaka já estabelecia que a conquista da China seria apenas o primeiro passo para o domínio japonês sobre a Ásia, e que seria necessário esmagar seu principal rival nessa escalada: os Estados Unidos da América.
Também Hitler tinha uma clara visão sobre os propósitos imperialistas da Alemanha, que tornavam indispensável a guerra contra a União Soviética: "A luta pela hegemonia mundial será decidida, na Europa, pelo domínio do espaço russo. Qualquer idéia de política mundial é ridícula, para a Alemanha, enquanto ela não dominar o continente [europeu]".[2]
Os Estados Unidos também estavam "conscientes" de seu "Destino Manifesto" de se tornarem a potência dominante no mundo. A guerra seria a alavanca que abriria o mercado mundial e os recursos mundiais à exploração norte-americana.[3]
Em resumo, o que estava em jogo na Segunda Guerra Mundial - e, por conseguinte, foi sua causa determinante - era o domínio mundial por uma potência imperialista hegemônica. Ao final do conflito, os Estados Unidos emergiram como líderes incontestes do mundo capitalista, mas seu domínio mundial foi, por algum tempo, contestado por uma potência não-capitalista, a URSS. A disputa entre as duas super-potências (Guerra Fria) só se encerraria em 1991.
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